Desertos suspensos
- Marcelo Moro
- 29 de ago. de 2017
- 1 min de leitura
Sentir... As mãos da brisa fria acalantando Jardins de pedras brotando Em desertos suspensos Sem o mito , seria isso ... apenas
Não foi ontem, nem anteontem Que acendeu essa chama... A dois dedos do mamilo esquerdo De onde pulsa sangue e fogo Entranhas vivas de um corpo já lenhado
Coração que expande Emoções elásticas e tudo quebradiço Como louça rara, depende de cuidado Lascas e marcas do tempo... impressões gravadas
Não foi ontem, ou anteontem Sob o céu armado Que revelou-se o desejo Intenso querer profundo Nem cavando raso, ou ventando forte Pode arrastar assim ao infinito vazio O que existe...além das palavras Esculpido nos olhares...quando acaba a escadaria
Marcelo Moro

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