Cotidiano 242
Marcelo Moro
Quem sou eu?
Um poeta...
Virginiano, nascido em ano de Copa, e melhor em ano de Tricampeonato...
Cheguei aos 46 acelerando e faço planos para outros 50 sem me importar se vão se realizar, os anos é claro, pois os planos são como lenha para alimentar essa grande fogueira, e sempre darão certo.
Sou menino do interior, do Quilômetro 76 da Estrada de Ferro principal da Cia Paulista, da entrada 123 da Anhanguera, e aqui é um lugar onde não se vive sem fincar raízes, aconchego.
Sou um cara da comunicação, dado a um pouco de política, ou um cara da política que se comunica, tanto faz.
Bebo meus goles pelo sabor da bebida, o efeito é consequência, assim como os versos que se desenham embaçados e se alinhavam em tramas imprecisas até se derramarem em poesia.
Gosto de Wagner, de Tchaikovsky, de Bach e de Mozart, para horas mais turbulentas e o Rock, Hard, Progressivo, Post Punk me acalmam.
Insone inveterado, viciado em café e amante de quartas-feiras não precisava dizer, acho que está na bula, explicito.
Alimento certa rotina em observar o céu, com ou sem lentes, apreciar a Lua e me encantar a cada dia, ainda, com algum detalhe entalhado pelo tempo que descubro sem querer, vejo arte assim também e ouço música como se provasse uma taça de vinho, detalhando os sabores.
Enfim simples, como rimar abril com Anil, como bolo de fubá e torta de maçã que se veste de Apfelstrudel.
Ah! As coisas que eu odeio? Não sei numera-las, sinto, corto e destrincho para me livrar delas.
E como Renato, o Russo, não entendo o terrorismo quando se fala de amizade!
