A sombra de Iezo
- Marcelo Moro
- 29 de ago. de 2017
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A sombra de Iezo
Na cruz das almas, no coração da calunga
Sob sua última e triste morada
Uma sombra feliz se estende
Árvore em flor branca, paz no seu descanso
Seus olhos peculiares congelados
Derramam o tempo que te abraça
Parado, sem mover os ponteiros
Não envelheces e sorri, basta olhar
Seria comigo um jovem poeta?
Ou outra tribulação se ofereceria?
Quebraste corações com sua rompante viagem
Amarrastes os sentidos todos em um nó
Em alguma casa que não conheço
Está o outro laço que te une
Tão brevemente ao que se toca
E eternamente ao éter
Assim meu jovem e novo amigo
Em plena quinze horas de uma tarde outonal
Comi uma maçã à sua sombra
Suspirando ao belo e ao silêncio
E os pássaros cantavam uma suave oração
Marcelo Moro
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