Zanzares
- Marcelo Moro
- 7 de ago. de 2017
- 1 min de leitura
O Zanzares
Zanzas por aí enquanto eu durmo
Seus zanzares de pernas esguias e compridas
Pelos bazares, cafés e poetas
Nômade da noite insone
Moves com você as dunas
As Sunas e os versos
Filha do deserto insana
Dança com as chamas que nunca te queimam
E teimam os meninos mortais
Em querer-te conquistar
Com cristais baratos
E vidros querendo ser diamantes
Não ousem em vão!
Porque ela é amante do vento
Nem tempo e nem braços
A enlaçam para sempre
És assim, isqueiro e papel
Frágil ombro de porcelana que desloco
As vezes sem pensar no momento seguinte
Apenas rogo que volte
E no próximo ciclo
Da incurável insônia
Que eu te faça companhia
Em seus zanzares assim... à revelia
Marcelo Moro

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